Segundo Ministério da Saúde, 62,8% das mulheres mortas durante o parto

A equipe de reportagem do Alma Preta conversou com enfermeiras e mulheres que passaram por processos violentos durante o parto. De acordo com as entrevistadas, o estereótipo da "mulher negra forte" justifica a falta de auxílio dada durante o procedimento médico.

Violência obstétrica é um termo ainda pouco conhecido, porém muito recorrente. Segundo dados da Fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mulheres gestantes sofrem maus tratos. Portanto, se você é mulher e mãe, é provável que tenha pas

Temo por novos deslizamentos em Franco da Rocha

Acordei mais cedo do que pretendia no dia 30 de janeiro, um domingo. Quando escutei o burburinho desesperado dos meus familiares, me levantei e foi quando percebi: a chuva forte, a TV veiculando os noticiários, as notificações do celular a todo o vapor.

Sabia o que tinha acontecido, porque sei o que significa chover forte quando se mora em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. O centro da cidade estava tomado pela água barrenta, e a lama havia destruído diversas casas (e famílias) em um desliza

Gigante na indústria musical, Ludmilla não se intimida com racismo

Aos 25 anos, cantora construiu uma carreira sólida e significativa; recentemente, a artista premiada, negra e LGBT tornou público desafetos na música e foi alvo de ofensas racistas

O nome da cantora Ludmilla tem circulado pelos veículos de comunicação e pelas redes sociais mais do que o comum. Após expor desafetos no meio musical, Ludmilla foi alvo de ataques racistas. Intitulado “Carta Aberta”, o vídeo contém prints e áudios da cantora Anitta e a explicação da funkeira sobre os fatos.

Após a

Dona Jacira: “Pelo preconceito que sofri, cresceu uma fera dentro de mim”

De primeira, o olhar é reflexivo, meio desconfiado, mas não demora para Jacira Roque de Oliveira, a dona Jacira, deixar escapar seu riso solto. O que não lhe falta é história para contar. Aos 54 anos, a mestre em artes e ofícios e poetisa lançou sua autobiografia, Café (LiteraRUA e Laboratório Fantasma, 44,90 reais). Além dos fatos, dividiu angústias adormecidas que a escrita despertou – o título, por exemplo, faz alusão às lembranças que surgem com o cheiro da bebida feita pela mãe. “Eu tinha e

A força do feminismo negro para promover mudanças

O conceito de interseccionalidade indica as diversas opressões que um grupo pode sofrer de acordo com suas condições sociais e de identidade. No caso das mulheres negras, há pelo menos duas forças de repressão associadas, a do machismo e a do racismo. “Essa estrutura de preconceito as coloca como vítimas prioritárias de muitas violências, desde a doméstica até o abuso policial. São as que estão no front”, explica Carla Akotirene, mestre em estudos de gênero pela Universidade Federal da Bahia e a

Mitos e verdades sobre a calcinha menstrual

Por mais que sejamos atentas e cuidadosas com nosso corpo, a menstruação pode pregar peças e dizer ‘oi’ em momentos inesperados. Você sabia que, durante toda a sua vida, você está propensa a usar pelo menos 17 mil absorventes? Além de impactar negativamente o meio ambiente, isso implica muitos sangramentos, cólicas, dores e diversos imprevistos – aqueles que você sabe muito bem como acontecem. O absorvente não é mais o único salvador nesses momentos. Além do coletor menstrual – peça pivô para qu

Chega de tabu: tudo o que você precisa saber sobre coletor menstrual

Apesar de ser muito falado atualmente, o famoso coletor menstrual não é uma criação recente. Desenvolvido nos Estados Unidos nos anos 1930 por Leona Chalmers, o ‘copinho de silicone’ armazena o sangue menstrual em vez de absorver. Diferente do absorvente, que deve ser trocado após quatro a seis horas de uso, o coletor pode permanecer inserido no canal vaginal por até 12 horas.

Apesar de não ser um objeto novo, o uso do coletor ainda é considerado um tabu entre as mulheres. O fato de ser interno